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RESISTENCIA INTERNATIONAL

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

CULT 12 - CONTOS - 02/04/2010



VISÃO DISTORCIDA
by Marcelo Smith


De repente me vi de frente para o Pão de Açúcar admirando aquela linda paisagem. Era uma segunda-feira, 06:30 da manhã. Aquela “obra de arte divina” a minha frente era como uma visão calmante que vinha amenizar todo o sofrimento de um transporte lotado e por demais irritante. Peguei um ônibus em Miguel Couto, Nova Iguaçu, às 04:30, depois mais 2 ônibus e 2 horas depois, chegara à Urca. De repente passei a sonhar... Como seria bom morar naquele lugar de vista, clima e praia tão maravilhosa. Lembrei da minha casa, naquela rua sem pavimento, empoeirada, e tive asco. Pensei como seria uma casinha, ou melhor ainda, um apartamento de frente para o mar maravilhoso da praia vermelha. Fiquei uns 15 minutos sonhando, sonhando... Deus, 06:50! Se eu não correr vou chegar atrasado.
Sou porteiro em um prédio que fica exatamente em frente à subida do bondinho na Av. Pasteur, na Urca. Minha função segue a mesma rotina diariamente: Tomar conta da portaria, receber o jornal, pequenos consertos nos apartamentos e nas dependências do prédio, atender chamadas dos moradores, etc., etc., etc... Serviço chato demais, mas como nunca quis nada com os estudos, quatro salários mínimos estava de bom tamanho. O horário também não era ruim. Trabalhava de segunda à sexta de 07:00 às 17:00 com uma hora de almoço, folga aos sábados e domingos. Usava um uniforme bem confortável e dificilmente era perturbado, pois os moradores muitas vezes nem me olhavam. Acho até que muita gente não sabia da minha existência. Normalmente, após às 09:30 acontecia uma calmaria só, ficava praticamente sentado o dia todo ouvindo o meu radinho ou então lia o jornal e os meus livros de bolso. Com tudo isso, o que eu podia reclamar?
Nunca fui um homem ambicioso, sempre gostei da vida simples, mas tinha uma vontade enorme de morar na “Cidade Maravilhosa”. Praias, mulheres bonitas, boates, shopping center, ruas pavimentadas, dinheiro. Oh! Que mundo maravilhoso, moderno, bonito. Era a vida que pedi a Deus. Será que um dia poderia ter tudo isto?
Assumi o meu posto naquela segunda às 07:05 por conta do meu sonho e logo recebi uma chamada do apartamento 630:
- Chico, o que aconteceu? Estou te ligando desde 07:00 e você não estava aí. Está atrasado, hein?
Era o síndico.
- Desculpe, me atrasei um pouco hoje. Foi a condução que furou o pneu.
- Sem desculpas. Você sabe que não tolero atrasos. Você já ganha muito para chegar atrasado. Pode ter certeza de que será descontado no fim do mês.
Pensei: "safado, sem coração. Imagina, descontar do meu pequenino salário". Mesmo assim me desculpei, ele era o patrão.
- Desculpe, não acontecerá de novo.
- Certo. Veja só, a moradora do apartamento 224 está com um vazamento enorme desde ontem à noite. Vai lá e verifica se consegue resolver, tá bom?
- Pode deixar, só vou aguardar o jornal e vou para lá.
- Chico, eu falei agora!! Esqueça o jornal!!
- Tudo bem.
E desligou.
"Esse cara não tem jeito mesmo. Liga bem cedo para verificar se estou atrasado e sempre muito arrogante", pensei.
Bem, peguei o elevador e segui para o 224. Apertei a campainha e fui logo atendido. Verifiquei que o vazamento não era nada demais, apenas uma folga no registro e com uma pequena torção, consegui resolver tudo. Nem vi o rosto da moradora, fui atendido pela empregada. Nós, funcionários do prédio, temos que seguir as regras. Funcionários só pelo elevador e porta de serviço. Normalmente somos atendidos pelo “serviçal” da casa, essa era a regra. Inclusive, um dia, uma empregadinha, pretinha, tadinha, foi pega no elevador social por um morador e foi sumariamente demitida. Era tudo muito claro, esse “tipo de gente” jamais pode andar no mesmo elevador que eles. Às vezes pensava nisso e ficava meio aborrecido, mas a bem da verdade, já estava até acostumado.
Aquele dia estava demorando demais a passar. Ainda eram 14:00 e tudo estava tranqüilo. Já havia lido o jornal umas três vezes, tinha esquecido meu livro de bolso. Estava tudo entediante. Ninguém chegava, ninguém ligava, nada acontecia. Nestas horas, depois do almoço, o sono era companheiro inseparável. Procurava me controlar para não cochilar, e assim foi a minha tarde, estava doido para ir para casa. Mas, só de pensar em passar todo aquele sofrimento de novo, dava vontade de desistir. Às 16:45 estava mais animado com a volta para casa, inclusive já havia fechado a minha rotina, olhando papéis, etc. Toca o interfone, era o 303:
- Seu Chico, você pode dar um pulo aqui por favor?
- Sim - "que saco, o que eles querem, logo agora na hora de ir embora?"
Ao chegar no apartamento...
- Seu Chico, conversei com o síndico e fui autorizada e pedir ao senhor que faça uma entrega urgente para mim, lá em Copacabana. O senhor irá receber outro pacote lá e terá que ir à Ipanema e Leblon para fazer nova entrega.
- Mas estou largando o serviço daqui a dez minutos, moro longe e não posso sair mais tarde.
-Não me interessa. O senhor terá que ir e estamos conversados. O seu salário também inclui esse tipo de serviço.
- Mas...
- Sem mas nem menos, tchau. Olha aqui o dinheiro da passagem.
"Que mulher nojenta, desalmada. Não olha para a vida dos outros, pois o que quer é resolver a sua. Bem que eu podia ir amanhã de manhã. Por causa disso, vou chegar quase 23:00 na minha casa. Ainda terei que fazer a minhas coisas. Conclusão, quase não vou dormir hoj"”. Mas, como ordem é ordem, troquei o meu uniforme e fui correndo para o ponto do ônibus para ir a Copacabana. Fiz a primeira entrega e depois peguei as duas encomendas do Leblon e de Ipanema. Esqueci de dizer que fui atendido pela fresta da porta.
Mesmo muito aborrecido, fui admirando a paisagem na janela e desejei ainda mais aquele lugar, aquela brisa. Estava quase em Ipanema quando...
- Avise aí hein, Isso é um assalto!!! Todo mundo caladinho senão arrebento um por um.
Quando chegaram perto de mim e viram os dois pacotes falaram logo:
- Pode ir passando as peças, não tem jeito, perdeu!!!
- Não moço, por favor, estas coisas não são minhas não, vou perder o meu emprego.
- Cala a boca seu puto, e me entregue logo!!!
- Por favor, não!! Te dou o meu dinheiro e o meu relógio, por favor!!!
- Puta que pariu, me dá logo senão te arrebento os miolos.
E com um solavanco me deu uma coronhada com a arma. Tudo escureceu. Acordei horas depois numa cama de hospital, todo sujo de sangue. Não sabia o que tinha acontecido, o que tinha se passado. Não sabia quem era, o que estava fazendo ali, era amnésia completa. Só sei que sentia muita, muita dor, aliás, dores no corpo inteiro.
Fiquei em observação após ter passado pelo pronto socorro por umas 2 horas. Vencido este tempo fui mandado de volta para casa devido a superlotação do hospital, mas não tinha noção do que fazer. Estava esquecido de tudo, não tinha dinheiro e então, como voltar para casa? Caminhei um pouco, parei. Fui por uma rua, sentei na calçada para tentar lembrar de tudo, foi em vão. Chorei calado: quem sou eu ? Quem sou eu ? Onde moro? Nada. Finalmente iria passar uma noite na tão sonhada zona sul. Comecei a caminhar e atingi a praia, estava com fome. Parei em um quiosque e pedi comida. Fui xingado, maltratado e ainda tive que ouvir:
- Por quê essas porras desses vagabundos não procuram um emprego?
Não entendia bem o que estava acontecendo e por isso continuei caminhando na praia. Fazia um pouco de calor, mas a brisa me dava conforto. Catei um resto de sanduíche que acabavam de jogar fora em uma lixeira e este foi o meu jantar. Bebi um pouco de água da bica e lá se foram as minhas necessidades naquele momento. Caminhei, caminhei, caminhei sem rumo. O que fazer? Nessa minha caminhada atingi Ipanema. Continuei caminhando pela Av. Vieira Souto quando senti um solavanco pelas costas e fui com a cara ao chão. Senti dois dentes se partindo e depois um monte de chutes e pontapés, porradas de todo o lado. Tentava me proteger, mas foi em vão. Fiquei me contorcendo no chão e tentei descobrir quem fazia aquilo comigo. A minha vista escurecia e parecia que eu ia desmaiar, mas consegui ainda enxergar a cara dos agressores. Era um grupo de jovens e percebi que estavam felizes de estarem fazendo aquilo. Era como se o meu corpo fosse apenas um pedaço de borracha que eles chutavam como um bola de futebol. Um deles gritava:
- Legal!!! Mais um mendigo, filho da puta a menos na cidade!! Vamos bater até morrer, essas porras não merecem viver!!
Se divertiram a valer com aquele pedaço de carne, como cães sarnentos que roem uma carniça para matar a fome. Fiquei muito machucado. Não morri porque um deles ainda teve compaixão e convenceu-os a parar com o espancamento. Não sei se senti ódio ou outra coisa, meus pensamentos estavam confusos. Só para acrescentar, fui vítima de um grupo de jovens que compõem a classe média alta do Rio de Janeiro. São jovens que têm acesso aos estudos, bem como à internet, dinheiro, carros do ano, motocicletas, cultura, conforto, mas como se não bastasse, são carentes de moral e bons princípios. Aliás, seus pais estavam sempre mais preocupados em cercá-los de bens materiais. Esqueciam de um único bem que se pode dar a um ser humano e que ele levará para o resto da vida: o caráter. Fui vítima, enfim, de um grupo dos chamados “Pit Boys”.
Passados uns 20 minutos daquela sessão de selvageria, consegui me levantar e ainda estava meio atordoado, com muitas dores pelo corpo. Olhei em direção ao mar e me senti mais calmo, aquele farfalhar das ondas era como um cântico de tranqüilidade. Como já havia dito, estava calor e nessa noite de verão o mar estava calmo. Estava completamente sujo, tanto de sangue como de terra. Fui em direção ao mar e tomei um longo banho. Todo o meu corpo ardia com a água salgada, mas a mesma funcionou como um tônico que, de certa forma, melhorava as dores. Voltei para a calçada, conferi as horas num relógio de rua, 22:00. Era tarde. Dentro de mim, tinha a idéia de que possuía um lar, mas onde? Como posso chegar lá?
A amnésia continuava total. Voltei a caminhar e atingi o Leblon. Cheguei até o mirante, ali no início da Niemeyer e vi também o final da esteira de praia. O que fazer agora? Tentei em vão lembrar o caminho de volta, mas não consegui. Que tortura estava passando, pois ainda sentia fortes dores por todo o corpo. Minha boca, com os chutes, parecia um braseiro de tanto queimar. A única coisa que lembrava é que devia sempre seguir o mar. Naquele momento, ele era o meu companheiro. Estava exausto, mas dormir nem pensar. Precisava chegar na minha casa, essa era a minha maior ansiedade naquele momento. Como vi o fim do mar, resolvi dar meia volta e fazer todo o caminho de volta.
Caminhei muito e quando dei por mim estava ali em frente ao Canecão, em Botafogo. Tive uma ligeira lembrança do Aterro do Flamengo e continuei caminhando, achava que agora estava no caminho certo.
Por todo esse percurso tive problemas. Em Ipanema, novamente, tomei uma carreira de outro grupo de "Pit Boys", corri tanto, que cheguei à Copacabana quase sem fôlego. Em Copacabana, na altura do posto três, fui atacado por um grupo de prostitutas e travestis que faziam ponto lá e tive novamente que correr túnel afora. Neste momento, também a polícia começou a trocar tiros com uns traficantes que vendiam suas drogas na porta das boates, em frente ao Hotel Meridien. Bem, atravessei o túnel e lembrei do caminho da Urca, mas ao tentar entrar no bairro fui impedido por um grupo de guardas noturnos que faziam a segurança por lá, com chutes, socos e pontapés. Que noite horrível! Se o inferno existe, aquele lugar era o próprio.
Finalmente achei o Aterro e estava no caminho certo. Fui quase atacado por mendigos e pivetes, mas consegui chegar com vida ao centro da cidade. Subi a Rio Branco, atingi a Presidente Vargas. Enfim, cheguei a Central do Brasil. Chegando lá, a minha memória começava a dar dicas sobre o caminho para casa. Mas ainda estava muito confuso. Mesmo assim sabia que estava no caminho certo. Mesmo de madrugada, a Central do Brasil tem vida intensa. Vi muitas pessoas, prostitutas, garotos de programa, mendigos, pivetes, trabalhadores, motoristas e cobradores, melhor dizendo, todo o tipo de gente vivia naquele local. Olhei para o famoso relógio do prédio da central eram 03:50 da manhã. Procurei uma das marquises daquela enorme plataforma de ônibus e me sentei, meus pés doíam muito, logo adormeci. Fui acordado por um homem que apavorado dizia:
- Chico, o que foi que te fizeram? Meu Deus, quase te mataram homem!!
Não respondi nada, pois o meu cansaço e a dor forte na boca me impediam de responder.
- Vem, vamos até aquele bar ali adiante para você se lavar e tomar um café, ver se você melhora um pouco para te levar de volta para casa.
Continuei sem dizer nada àquele cidadão. Após uma rápida lavagem do meu rosto e uma deliciosa média (café com leite), me senti melhor. Já estava de manhã e o movimento de pessoas e carros aumentou muito. E o homem disse:
- Chico não se lembra de mim? Sou seu vizinho lá de Miguel Couto. Moro na rua atrás da sua. Todo domingo de manhã nos encontramos na padaria do seu Joaquim, e após um café com pão, jogamos uma peladinha lá no campinho, não se lembra? Sou o Tião.
Aquelas palavras começavam a fazer sentido, mas ainda era tudo muito estranho. Continuei sem dizer uma palavra. Tião mesmo assim me pegou pelo braço e seguiu para o ponto do ônibus Central/ Miguel Couto e seguimos viagem para o lar doce lar. Ao sentar no coletivo, adormeci e sonhei com tudo aquilo que havia acontecido. No sonho, olhei para o mar e estava vermelho. Vermelho de sangue. Olhei para o alto do Pão de Açúcar e corria uma cascata, vermelha, vermelha de sangue. Senti todas as porradas e violência que sofri e não vi ninguém me ajudar ou ter um pouco de piedade. Ninguém se preocupou com um ser humano, ninguém teve compaixão, era como se fosse um animal. Aliás, nem os animais merecem este tipo de coisa, pois são seres vivos que precisam também do sentimento de solidariedade. O que vi foram bestas feras ir à caçada, a caça de vidas, a caça de semelhantes. Voltei a chorar muito, e após lavar a minha alma com as "águas do espírito", visualizei a minha ruazinha empoeirada e minha modesta casinha. Tive uma saudade enorme da minha cama, do meu quintalzinho, das minhas plantas, do meu cachorro que todo dia antes do trabalho estava lá me lambendo e me dando carinhos, e na volta me recebia com a mesma alegria de sempre. Senti saudades da minha vida simples. Acordei com o balanço do ônibus e quando abri os olhos percebi que já estava no meu lugar. Voltei a lembrar de tudo e chorei de alegria. Quando cheguei na minha rua fui recebido com festa, pois todos estavam muito preocupados com a minha não volta para casa. Vários abraços, “Graças à Deus” a toda hora. Me senti tão querido que já não sentia mais dores e nem cansaço, tudo aquilo, de certa forma, amenizava o meu sofrimento de antes.
Ainda sentindo todas aquelas maravilhosas sensações, pimpa!!!! Um barulhão enorme, e, assustado, olhei para o lado
- Meu Deus, 07:30 da manhã. Vou perder o meu emprego!! Me arrumei depressa, nem tomei banho, fui direto para o ponto do ônibus e conclusão, só consegui chegar no serviço às 10:00. Ao chegar, tentei explicar, mas foi em vão, fui despedido. Recolhi minhas coisas e comecei a caminhar pela Pasteur com uma tristeza profunda e tentando organizar o meu pensamento e o que seria do meu futuro dali para frente. Lembrei o motivo de ter dormido tanto. Na noite anterior tinha passado da minha cota de cervejinhas e por isso, ao invés de ter colocado o relógio para 04:30, coloquei para 07:30, apenas me enganei por três horas. Ora, apenas três horas. Aquilo me valeu a perda de um ótimo salário e quem sabe, uma oportunidade de uma vida na Zona Sul. Zona Sul, hum! Lembrei de tudo que senti na noite passada.
"Foi sonho ou realidade. Será um aviso ou uma constatação?"
"Não sei..."
Só sei que hoje trabalho em um prédio comercial no centro de Nova Iguaçu e todos me cumprimentam de manhã, e se preocupam se estou bem, inclusive, sempre que podem, pagam o meu almoço. Tenho o mesmo horário de trabalho e se me atraso, todos se preocupam e nunca fui descontado. Perdi a conta de quantas vezes, ao invés de ir para casa, fui beber com os amigos do prédio, e por falta de ônibus e o não querer incomodar, tive que ir a pé do centro até o meu bairro, e nunca nada me aconteceu. Ah, os meus amigos são médicos, dentistas, advogados, microempresários, etc. Essa gente me trata como um deles, inclusive sou convidado para ir à casa dos mesmos quando tem uma festa ou churrasco, e me sento a mesa com se fosse membro da família.
E nesse ponto ainda penso: "será que os meus novos amigos estão errados? Será que um ser humano deve ser tratado assim, com respeito, ou como lá na "cidade, cheia de encantos mil?" O que está havendo, uma inversão de valores? Prefiro não pensar nisto. Prefiro acreditar que mais vale um lugar humilde, cheio de problemas e dificuldades, mas com pessoas verdadeiras, que respeitem o próximo, do que o luxo, a praia e o morro cheios de sangue, a miséria da alma, o dinheiro que traz a violência, a destruição, a falta de caráter, as pessoas vazias..."
Acorda capital! Acorda "cidade maravilhosa"! Abra os olhos e veja a sua realidade. Veja que estás se destruindo e pareces cega diante do monstro que criastes. Deus tenha piedade de todos vocês... e o Diabo que te carregue!
E viva o nosso lugar!!

2 comentários:

Kêco disse...

Texto Fodaço!!!
Vi cada região do RJ nesse conto.
E quantos outros Chicos passam por isso???

Adoro o RJ!!
Abraço, Marcelão!!!

Marcel disse...

loko o texto, monstro! é seu?