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RESISTENCIA INTERNATIONAL

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CULT 38 - MÚSICA

“ARMADILHA”

Todo mundo que me conhece sabe que sou movido à música. Ouço música em todas as situações diárias. Já fiz até a loucura de dormir curtindo um som.

Uma máxima que tenho é: música tem que ter alma, tem que dizer alguma coisa e, principalmente, tem que levantar o astral.

Não consigo entender estes moleques babacas destas bandas “EMO”, cujo principal objetivo é fazer música depressiva.

Talvez esta minha aversão à música baixo-astral tenha surgido porque, desde pequeno, fui acostumado a “doses cavalares” de Roberto Carlos. Isso mesmo, a minha mamãe Beth era uma fã incondicional do Rei e, por isso, todo domingo, dia em que ela ía para a cozinha fazer os seus maravilhosos almoços, era Bob Charles na vitrola até o fim. E isso normalmente terminava com ela chorando.

Confesso que nunca entendi e, mais ainda, que passei a ter bronca da obra do Roberto porque passei a associá-lo ao baixo-astral. Claro que isso era uma opinião de uma criança que via a mãe chorar toda vez que aqueles “malditos” discos tocavam.

Ficando mais velho e como bom radialista, acabei pesquisando mais sobre este ícone da nossa música e descobri que o meu querido tio Serginho Twist tinha razão: “Depois de Detalhes, o Roberto ficou um chato, pentelho de mosca e depressivo pra cacete”.

Mas nem tudo foi assim... Esta semana, ouvindo o meu “amigo do metrô lotado”, o aparelho de MP3, passei pelas músicas e me deparei com a versão do JQuest para uma música de 1975, chamada “Além do Horizonte”. Cara, eu tava muito estressado e confesso: terminei de ouvir a música no céu. Com este acontecimento, percebi a marca do Gênio. Sim, “Além do Horizonte” é um convite para uma vida feliz. Uma belíssima obra, que desconstrói o meu pensamento de artista baixo-astral.

Então, entendi tudo: eu caí na armadilha de Fernando Pessoa:

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente. “


Este cara merece essa justa homenagem!!!!

Marcelo Smith


Comentem!



Um comentário:

Keco disse...

Belo texto, Marcelão. Tirando a parte da versão do Jota Quest, que eu acho tão ruim quanto a poluição na Marginal Tietê, o Roberto é demais! Tenho os discos até o começo dos 80, onde ele ainda foi criativo. E MUITO!

Abraço.