“Sem importância”
Eu me considero um cara muito beneficiado pela vida. Nestes últimos 41 anos, entre mortos e feridos, alegrias, sorrisos e tristezas, eu sempre encontrei algo em que eu pudesse me agarrar, me curar.
Com relação à religiosidade, ganhei, ainda muito menino, de presente da AMADA Dna. Beth, este amor imbatível a Deus. Uso essas palavras porque, independente da doutrina que sigo há mais de 30 anos, Deus é o centro de tudo que penso e acredito. Nas minhas concepções não existe possibilidade do Universo existir sem a figura do Criador que pensou, planejou e criou tudo que temos nos mais variados mundos existentes. Crer em Deus é necessidade básica para mim. Sem a mínima chance de passar, um dia, a ser descrente. Ele tem balizado a minha vida física e, com certeza, balizará a minha espiritual. Ele me faz ser um cara melhor a cada dia, ele me dá a nota de esperança que preciso para continuar vivendo nos escombros dessa vida medieval pós-moderna, com o objetivo de constituir apenas coisas boas para a minha família, no meu trabalho e em tudo que atuo.
Interessante é que conheço muitos que são agnósticos e, portanto, teoricamente, pensam totalmente ao contrário do que coloquei aqui. O analista mais frio diria que estas pessoas são vazias, sem nada de bom no coração... Ledo engano, pois, dois ateus muito chegados a mim são pessoas especiais, com um coração muito mais bondoso que MEGA-religiosos de plantão que existem por aí.
Enfim, distribuir coisas boas não está ligado a religiosidade, mas sim à essência básica do ser humano da Terra. Mesmo como animais selvagens (ainda não abandonamos este nosso lado pré-histórico), somos os únicos que foram criados para viver no planeta buscando incessantemente uma vida melhor. A nossa animalidade natural não se compara com as outras espécies justamente porque não vivemos apenas lutando para comer, excretar, reproduzir, descansar e tudo que um corpo de carne necessariamente precisa diariamente para se manter vivo. O ato de pensar é a senha secreta da diferença que nos faz escolher o caminho a ser seguido. Viver buscando dias melhores é outro segredo próprio da nossa luta de seis bilhões de anos, mas ainda tão distante de ser totalmente alcançada.
Portanto, encerro o texto desejando que apareçam mais pessoas de crença forte num futuro de paz. O cara pode até pisar na cruz, quebrar a imagem da santa, rasgar a bíblia, cuspir no livro dos espirítos, mas, se for um cara que busque friamente uma vida plena de harmonia entre nós, acreditar em Deus é um detalhe sem muita importância.
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