“O Consolador”
Eu não deixaria passar em branco tal data... Esquecer o dia
30 de julho nesta vida jamais. Desde 2009, a marca está lá e não vai sair
nunca. É muita saudade para esquecer tudo. O lado bom é que a cada dia que
passa vou aceitando que o seu lugar não era aqui. Pessoas iguais a você não
deveriam nem nascer nesta Terra, mas tenho certeza de que nascem com a única
missão de amenizar os nossos sofrimentos.
Sim, você veio para este planeta em missão especial. Do
nascimento ao desencarne foram 58 anos de dedicação a esta causa. Você curou e
foi curada das mazelas sentimentais da vida, você brigou por dias melhores para
você e para todos que te procuraram buscando um momento de Luz. Muita gente não
compreendeu isso, poucos te amaram de verdade, mas, com certeza, você não foi
uma simples mulher, mãe, irmã, filha, e sim uma grandiosa representante da
fraternidade que deveria existir sempre entre os homens.
Bem, o meu dia 30 de julho, após 5 anos da “Viagem”, não
foi tão sofrido. Na realidade, não senti a angústia da sua falta em nenhum momento, mas
sim uma saudade gostosa, porque sei que um reencontro acontecerá de qualquer
jeito. A nossa química é poderosa e as nossas almas foram unidas por um
sentimento inquebrável. É verdade, ninguém sabe, mas nos falamos todos os dias.
A linguagem do coração é mais forte do que a distância física. Nunca vamos nos
separar.
Agradeço a Deus por você ter me ensinado a filosofia de
vida que nos sustenta hoje. Sim, aos 7 anos, pelos seus braços, comecei a
estudar a teoria máxima do amor. Cristo, consolador e bondoso, me mostra todos
os dias que o Universo é muito maior do que um planeta pequeno de doenças,
guerras, homens bestas feras, e que o amor verdadeiro NUNCA se quebra.
Estaremos sempre juntos, unidos pela magma energia da fraternidade, única coisa
verdadeira que unifica o sentimento dos mundos felizes, coisa que o nosso globo
está longe de ter.
E para encerrar, deixo de presente uma das músicas que está
diretamente ligada ao que sentimos um pelo outro. Ela fala de saudade,
distância, mas com a grata certeza de que o reencontro é efetivo. Por outro
lado, ela me leva ao Natal de 1984 - você fazendo as comidas para a grande
festa, tomando a sua cervejinha, na flor da idade, sorrindo, brincando e amando
todos nós. Voltar a este tempo é curar a dor física da separação forçada.
Infelizmente, por vezes me lembro que sou um homem de carne, e, sendo assim,
não consigo simplesmente não sentir uma pontinha de tristeza por nunca mais
poder ter o que vivemos juntos.
Te amo para sempre, eternamente, e um dia vamos nos
reencontrar sem reservas para enfatizar esta amizade tão forte e duradoura.
Seja feliz no mundo real minha querida amiga-irmã-mãe!
Do seu fiel discípulo e escudeiro,
Marcelo Pereira.
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