CULT 126 - ARTIGO

“FUTURO PROMISSOR”

Isso tem a ver com pseudo-homens modernos. Isso está ligado a uma selvageria natural que o Ipad, o Iphone, o ultra-book, a viagem à lua e uma possível viagem a Marte não poderão extinguir. É DNA, é energia, é força interior, é instinto entranhado nos nossos órgãos.

Quarta-feira passada quase apanhei de uma mulher no metrô, estação Ana Rosa, SP Capital. Sabem por quê? Por nada. A cena começou assim: eu estava parado aguardando a chegada do trem, quieto, curtinho um som com apenas uma pessoa na minha frente, plataforma vazia. A tal mulher estava do meu lado direito, atrás de mim. O trem chegou vazio e, quando eu ía entrar, fui empurrado de uma maneira que quase caí nos trilhos e, por isso, apenas apoiei o meu cotovelo na altura do peito dela para que eu não desequilibrasse, ou seja, segurei a “besta-fera” num ato natural de defesa, mas, de verdade, sem qualquer violência, apenas me segurei para não cair. Nossa, cometi um crime! Fui chamado de V..., de F...d...p..., de gordo, de escroto, de babaca, ou seja, quase cinco minutos de agressão verbal às 7h50 da manhã, por nada e para nada. Ela só parou quando eu, com o dedo em riste, gritei: “Chega! Você não está vendo o meu tamanho?” Ela disse: “Você não vai me bater porque eu te mato, seu carioca safado”, e eu completei: “Você não queria sentar? Fica quieta e dorme! Caso contrário vou te jogar lá fora do trem.”

Enfim, consegui controlar a situação, mas, de verdade meus amigos, daquele dia até hoje ainda me pergunto: O que foi que eu fiz?

Bem, na verdade, a fase é difícil. No passado, quando os governos sacaneavam a população, como o governo de São Paulo sacaneia todos nós com este transporte de massa lixo que temos aqui, o povo se unia, revoltando-se contra eles para garantir os seus direitos. Hoje não, os valores estão tão virados e acabados que as pessoas se voltam uma contra as outras, ou seja, é o fim de tudo: É POVO CONTRA POVO!

Portanto, meus amigos, em breve comprem uma arma e saiam às ruas para, pelo menos, matar duas pessoas por dia indo e voltando do trabalho. Isso será necessidade básica de defesa. Dentro de muito pouco tempo, o cenário MAD MAX dos anos 80, que o cinema adorava reproduzir nas telonas, chegará firme e forte. Ninguém pensa racionalmente o que fazer para começar a respeitar uns aos outros de coração e de verdade.

E o detalhe é que, no mesmo horário do meu quase espancamento, todos os donos do poder ainda estão nas suas camas king size tirando aquele ronco, para acordarem descansados depois de oito gostosas horas de sono, indo tomar aquela ducha que sai água quente, fria, meio-gelada, meio-quente, purificada, etc. Logo depois do banho, tomam o café da manhã de Rei, comendo brioches, tomando suco de laranja importado da França, lendo a revista Caras e, quando pensam na gente, dão várias gargalhadas pensando: “Enganei milhões de babacas que estão se f... agora e ninguém descobriu ainda que sou safado. Nas próximas eleições, votarão em mim de novo achando que sou o santo salvador dos pobres e oprimidos. Opa, tenho que me apressar porque o helicóptero já vai chegar para me levar para o trabalho.”

Vamos fazer diferente, vamos nos unir para que não tenhamos nas ruas uma população inteira de Méis Gibson (ator-herói assassino do filme MAD MAX) matando político safado no dia 07 de outubro de 2012. Desconfie do Democrata cristão que defende a moral e os bons costumes. Fique esperto com o Liberal Republicano que defende, com aquela cara de safado, punição para os corruptos (ele próprio é corrupto). Não se entusiasmem com o sindicalista ou comunista radical. Matem todos eles com o dedo na urna eletrônica, mas, por favor, se solidarizem com a pessoa que está na plataforma do metrô na sua frente.

Reflitam! Comentem!

Marcelo Smith