“Verdadeiro sentimento”
Há muito tempo que o natal deixou de ter o sentido que deveria ser. Hoje o que vemos é um apelo comercial forte, onde o consumismo é o sentimento reinante. Se reunir com a família para celebrar o amor e a fraternidade? Que nada! Isso é coisa antiga! Moderno é ser individualista, comprar todos os aparelhos de tecnologia possíveis e viver num mundo de facebook ou do twiter. Enfim, a humanidade caminha para uma situação onde cada homem será o centro de seu próprio Universo.
Foi-se o tempo em que as famílias se reuniam em prol da amizade, de bons momentos, de trocar presentes sim, mas presentes comprados com o sentimento de celebrar a vida.
Neste instante agora, me lembrei do natal de 1983. Eu então com 11 anos, passei metade do ano lutando com as minhas notas da escola para poder ganhar o tão sonhado videogame. Para este sonho, foi luta minha, luta dos meus pais para economizar o dinheiro necessário para a compra, luta do meu irmão com as notas também, enfim, o sonho não era meu e sim de toda a família Pereira. No dia 24 pela manhã, a ansiedade e a alegria eram totais. Acordei às 07:00 da manhã já falando no dito cujo. E os meus pais faziam um jogo de cena, pois todas as vezes que eu falava no presente eles diziam: “Será que você merece ganhar mesmo? Até a meia-noite vamos decidir”. Passei o dia assim, um mix de sentimentos até a tão sonhada hora. Quando bateu zero hora do dia 25 de dezembro de 1983, meu pai foi ao quarto e surgiu com aquela caixa enorme com as letras garrafais “ATARI”. Eu me agarrei com a caixa e chorei muito, muito, como se o meu campeonato de dedicação a uma causa terminasse ali. Na verdade, a emoção foi generalizada. Meus tios e tios entenderam o sentido de tudo que aconteceu naquela noite. Portanto, um presente que na verdade celebrava a família e a união em torno de uma causa.
Amigos, feliz natal! Acima de tudo alegria! Família! Paz nos corações e não só neste período, mas durante todo o ano, cada minuto e segundo.
Cometem!
Marcelo Smith
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