“ Mar da noite ”
“ Caminhei
em direção ao nada, fiquei perdido.
Naveguei
entre gotas de orvalho para achar a pureza.
Andei por horas a fio e não vi a luz.
Trevas à minha frente foi a única visão.
Amigos estão distantes,
Irmãos equidistantes,
Amores perdidos,
Chances de felicidade disperdiçadas.
Paixões
levaram-me a esperança.
Viver foi um ato de assassinato.
Da minha pequenez humana não sobrou sequer um
átomo.
O que sobrou foi a consciência putrefata de
um ser não-ser que nunca existiu.
Agora busco a ilha de redenção, mas não a
encontro.
Da minha mente brilhante não veio nenhum bom
norte,
Veio
apenas direcionamento para que eu me perdesse mais ainda.
Naufraguei e me enterrei com a terra do
inferno que construí.
Como eu queria que o tempo voltasse.
Como eu queria ter uma chance.
Como eu queria nunca ter nascido homem.
Uma noite fria ensina a refletirmos sobre o
que é verdadeiro.”
Marcelo Smith
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