“Simone”
Por mais de 25 anos eu vivi a esperança de viver um grande sonho. Acreditei que um rosto iria me curar de tudo, iria guiar os meus caminhos, atuar nos meu conflitos, me dar a pele, o perfume, a luz que me traria a paz. Desde o dia do meu nascimento, eu sabia que iria encontrar esta pessoa, e segui firme neste objetivo. Passei por muitas coisas, muitas desilusões, muitas decepções, mas continuei reto, firme, soldados da vida na Terra, como eu, não podem desistir de ser feliz. Com 16 anos pensei que havia encontrado. Insisiti neste erro por 9 anos e isso quase custou a minha sanidade, a minha saúde física e espiritual, e, por fim, a minha vida. Ao final deste longo e penoso período, o que restou foi a amargura da falha, do sentimento de incompetência, de sonho destruído para sempre. Dias cinzas, de fumaça sufocante, que quase me levaram para o túmulo de verdade. Não, não tive nenhuma doença grave, mas a dor que eu sentia era como uma seta envenenada que destruía os meus dias. Foram mais de 365 dias me arrastando sobre o solo, sem energia, sem vontade de seguir em frente. A sensação é que o fim poderia estar ali, na próxima esquina.
Uma das coisas que nunca confessei é que, mesmo nestes dias de nuvens negras, uma pontinha, um filete de esperança sempre existiu. Talvez tenha sido isso que nunca deixou que eu desistisse. Fui criado assim: se existe um filete d’água pode ser que logo em seguida surja uma cachoeira de águas limpas, frondosas e abundades, onde é possível matar a sede. E assim, seguindo o meu fiozinho de luz, não caí por completo.
Num dia cinzento de agosto de 1998, acordei novamente, tristemente vazio, e permaneci assim até a décima oitava hora do dia, quando tudo se modificou por completo. E foi no mais clássico dos momentos de esperança que você surgiu diante de mim, de blusa verde, e os seus olhos verdes, em um milésimo de segundo, acabou com os 25 anos de espera. Diante de mim, simples e fácil, estava o rosto, a luz que ía me iluminar para sempre, ali parada, meio sem graça, com aquele habitual sorriso de timidez. Linda, cheirosa, iluminada, magnânima. De fato, naquela hora, eu vi o Universo. Senti o mais profundo amor, a fraternidade de Deus, senti que eu também estava sendo procurado. Você me disse sem produzir palavras: EU TE AMO MUITO! TE QUERO PARA O RESTO DA MINHA VIDA! Somente assim, em palavras escritas em CAPS LOCK, é possível exemplificar o que o seus olhos gritaram para mim naquele instante.
O mais sensacional disso tudo é que, mesmo 14 anos depois deste encontro, continuo a te amar exatamente como naquele dia de agosto que apenas te vi na porta de um curso de inglês em que eu ía dar aula pela primeira vez na vida. Amei de verdade pela primeira vez e também amo todos os dias às 05:30 quando o relógio desperta e olho para você ainda dormindo um sono tão gostoso que dá vontade de desligar o relógio e ficar ali por horas somente te contemplando. Você continua linda como no primeiro dia. Você continua com o Universo no seu corpo, me curando de um mundo infelizmente desgraçado. Ave você pra sempre!
Todo este texto foi concebido nos raros momentos de tranquilidade que tive viajando para Brasília na última terça. No momento da corrida de decolagem, por um minuto a minha cabeça pensou como seria a vida sem você, mas não consegui pensar nesta hipótese. Minha mente só pensou em coisas boas do passado e nas coisas boas que ainda vou viver com você. Portanto, te dizer tudo isso é obrigatório.
TE AMO, TE ADORO, PRECISO DE VOCÊ!
Taiguara era Paraguaio, mas foi no Brasil que encontrou o sucesso. Com letras profundas e interpretações marcantes, cativou o povo brasilieiro nos anos 60 e 70, arrebatando multidões ao seu redor, vendendo milhares de discos numa época em que quase ninguém passava de 20.000 cópias vendidas. Quase 50 anos depois, jovens e adultos ainda curtem muito a sua música.
Infelizmente, também foi no Brasil que encontrou, pelas mãos fascínoras da ditadura, a tortura que com certeza marcou o seu destino para sempre, pois anos mais tarde morreu pobre e quase louco. Sim minha gente, a ditadura acabou com a raça deste gênio só porque ele, através da sua arte, falou a verdade, apontando o dedo na ferida da vida de bosta que se vivia no Brasil naquela época. Eu o conheci através da querida e amada mamãe Beth, que todos os domingos, sem falhar, fazia os seus deliciosos almoços tomando aquela cervejinha gelada, curtindo Roberto Carlos ou Taiguara. Confesso a vocês que, naquele tempo, eu não gostava muito do Taiguara porque ela sempre chorava um pouquinho quando ouvia “Universo do seu corpo” e “ Hoje”. Ver a dona Beth chorar sempre me fez mal.
Unindo o útil ao agradável, vamos ouvir estas duas canções. As músicas parecem ser velhas, mas não deixem de ouvir as duas e prestar atenção nas letras. Duvido que vocês não se emocionem.
Vamos nessa! Comentem!
Por mais de 25 anos eu vivi a esperança de viver um grande sonho. Acreditei que um rosto iria me curar de tudo, iria guiar os meus caminhos, atuar nos meu conflitos, me dar a pele, o perfume, a luz que me traria a paz. Desde o dia do meu nascimento, eu sabia que iria encontrar esta pessoa, e segui firme neste objetivo. Passei por muitas coisas, muitas desilusões, muitas decepções, mas continuei reto, firme, soldados da vida na Terra, como eu, não podem desistir de ser feliz. Com 16 anos pensei que havia encontrado. Insisiti neste erro por 9 anos e isso quase custou a minha sanidade, a minha saúde física e espiritual, e, por fim, a minha vida. Ao final deste longo e penoso período, o que restou foi a amargura da falha, do sentimento de incompetência, de sonho destruído para sempre. Dias cinzas, de fumaça sufocante, que quase me levaram para o túmulo de verdade. Não, não tive nenhuma doença grave, mas a dor que eu sentia era como uma seta envenenada que destruía os meus dias. Foram mais de 365 dias me arrastando sobre o solo, sem energia, sem vontade de seguir em frente. A sensação é que o fim poderia estar ali, na próxima esquina.
Uma das coisas que nunca confessei é que, mesmo nestes dias de nuvens negras, uma pontinha, um filete de esperança sempre existiu. Talvez tenha sido isso que nunca deixou que eu desistisse. Fui criado assim: se existe um filete d’água pode ser que logo em seguida surja uma cachoeira de águas limpas, frondosas e abundades, onde é possível matar a sede. E assim, seguindo o meu fiozinho de luz, não caí por completo.
Num dia cinzento de agosto de 1998, acordei novamente, tristemente vazio, e permaneci assim até a décima oitava hora do dia, quando tudo se modificou por completo. E foi no mais clássico dos momentos de esperança que você surgiu diante de mim, de blusa verde, e os seus olhos verdes, em um milésimo de segundo, acabou com os 25 anos de espera. Diante de mim, simples e fácil, estava o rosto, a luz que ía me iluminar para sempre, ali parada, meio sem graça, com aquele habitual sorriso de timidez. Linda, cheirosa, iluminada, magnânima. De fato, naquela hora, eu vi o Universo. Senti o mais profundo amor, a fraternidade de Deus, senti que eu também estava sendo procurado. Você me disse sem produzir palavras: EU TE AMO MUITO! TE QUERO PARA O RESTO DA MINHA VIDA! Somente assim, em palavras escritas em CAPS LOCK, é possível exemplificar o que o seus olhos gritaram para mim naquele instante.
O mais sensacional disso tudo é que, mesmo 14 anos depois deste encontro, continuo a te amar exatamente como naquele dia de agosto que apenas te vi na porta de um curso de inglês em que eu ía dar aula pela primeira vez na vida. Amei de verdade pela primeira vez e também amo todos os dias às 05:30 quando o relógio desperta e olho para você ainda dormindo um sono tão gostoso que dá vontade de desligar o relógio e ficar ali por horas somente te contemplando. Você continua linda como no primeiro dia. Você continua com o Universo no seu corpo, me curando de um mundo infelizmente desgraçado. Ave você pra sempre!
Todo este texto foi concebido nos raros momentos de tranquilidade que tive viajando para Brasília na última terça. No momento da corrida de decolagem, por um minuto a minha cabeça pensou como seria a vida sem você, mas não consegui pensar nesta hipótese. Minha mente só pensou em coisas boas do passado e nas coisas boas que ainda vou viver com você. Portanto, te dizer tudo isso é obrigatório.
TE AMO, TE ADORO, PRECISO DE VOCÊ!
Taiguara era Paraguaio, mas foi no Brasil que encontrou o sucesso. Com letras profundas e interpretações marcantes, cativou o povo brasilieiro nos anos 60 e 70, arrebatando multidões ao seu redor, vendendo milhares de discos numa época em que quase ninguém passava de 20.000 cópias vendidas. Quase 50 anos depois, jovens e adultos ainda curtem muito a sua música.
Infelizmente, também foi no Brasil que encontrou, pelas mãos fascínoras da ditadura, a tortura que com certeza marcou o seu destino para sempre, pois anos mais tarde morreu pobre e quase louco. Sim minha gente, a ditadura acabou com a raça deste gênio só porque ele, através da sua arte, falou a verdade, apontando o dedo na ferida da vida de bosta que se vivia no Brasil naquela época. Eu o conheci através da querida e amada mamãe Beth, que todos os domingos, sem falhar, fazia os seus deliciosos almoços tomando aquela cervejinha gelada, curtindo Roberto Carlos ou Taiguara. Confesso a vocês que, naquele tempo, eu não gostava muito do Taiguara porque ela sempre chorava um pouquinho quando ouvia “Universo do seu corpo” e “ Hoje”. Ver a dona Beth chorar sempre me fez mal.
Unindo o útil ao agradável, vamos ouvir estas duas canções. As músicas parecem ser velhas, mas não deixem de ouvir as duas e prestar atenção nas letras. Duvido que vocês não se emocionem.
Vamos nessa! Comentem!
2 comentários:
Textaço!!!!
Escreve muito!!!!
Viva a dona Beth! PRa todo o sempre!!!!
Abraços, irmão!
Nossa Marcelo arrazou na declaração..Lindo textp...Parabéns.!
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